terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pedras no porão

Encontrou-se dentro do seu inconsciente perdido, mas não lembrava de nada, estava apenas tirando o pó da estante. Carregava pensamentos dentro do peito, mas estava quase explodindo, mal controla sua emoção.
A ansiedade vai acabar, parece tudo tão próximo da razão, quando o livro está no final...

Paredes manchadas pela indecisão. Pedras jogadas para o alto, rendição. Lajes quebradas, caindo aos poucos.
Corredores desertos, sujos pela multidão que um dia caminhou neles. Escadas escuras, até mesmo as sombras e o pó desapareceram. E o frio porão, não parece abandonado, lampejos de luz parecem habitar o lugar.
Enquanto na sala tudo ainda acaba no mesmo lugar.

Aquele navio ancorado, parece que ainda tem esperanças de um dia sair do lugar, ir além, apenas ir além. Quando se vê um avião em queda, tudo parece estar perdido, tudo parece ir contra a fé, torna-se saudade, melancolia, torna-se aquilo que lutamos o tempo todo para evitar.
O aeroporto ainda vazio, não há ninguém para viajar. As pessoas vão embora, simplesmente se vão.

E só ele viu o fim da história.

Um comentário:

  1. O navio pode sair do lugar se a âncora que o segura for retirada e alguém dirigí-lo.Se ele chegará ao seu destino,se desviará a rota,se ficará à deriva ou se naufragará,não se sabe.Aí já é outra história.Realmente não há garantias,porém só se saberá arriscando.Saindo do porto para ir além,apenas além...

    "Os barcos estão seguros se permanecem nos portos.
    Mas não foram feitos para isso"

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