terça-feira, 22 de maio de 2012

10 filmes “a realidade da realidade, na realidade, não é real”



AVISO:
Este post contém desorientação, alucinações, realidades paralelas e que não são reais e alguns spoilers dos filmes nele contidos. Mas, na realidade (que não é a realidade, porque a realidade na realidade não existe), são spoilers praticamente inofensivos.

AVISO 2:
Não, eu não me sinto nem um pouco culpada de postar spoilers.

E dito isso estou apta a dizer a barbaridade que eu quiser e bem entender


Sem mais, segue abaixo uma lista com 10 filmes onde a realidade na realidade não é real porque a realidade é bem diferente da realidade.
Apreciem o post (e os spoilers).


Inception
Comecemos pelo óbvio (que, na realidade real, de óbvio não tem nada).
Leonardo DiCaprio entra num sonho, cria lá dentro uma realidade que não é real, dentro desta realidade insere outro sonho e aí insere um nego nesse sonho dentro desta realidade que não é real porque está dentro de um sonho criado pelo Leonardo DiCaprio e que é tipo uma realidade paralela que não é real. Aí ele dá um chute, o sonho desmorona e o peão (da casa própria) roda, roda, roda, faz que vai cair mas não cai, mas podia ter caído e quando termina o filme você vira pra pessoa ao seu lado e pergunta “mas caiu?”.


Matrix
Neo era um hacker que vivia na realidade virtual antes da internet chegar para a maioria dos mortais comuns brasileiros (irônico pensar que quando Matrix foi lançado não existia Facebook, Twitter e nem se quer o coitado do Orkut).
Aí o Neo segue o coelho branco e encontra o Morpheus que oferece pra ele a pílula vermelha, e então ele descobre que a realidade não é a realidade (na realidade ele não é um hacker, ele é tipo uma pilha alcalina humana).
Depois que desplugam o cabo USB de sua nuca e Neo se tornar uma alma livre, ele resolve se replugar na bagaça, desta vez para confrontar a Matrix.
No final são três realidades: a criada pela Matrix onde o Neo era um hacker, a realidade real onde o Neo é careca e come a gororoba branca na nave e a realidade super fudida onde ele usa sobretudo e desvia das balas em câmera lenta.



Sucker Punch
Babydoll (que na realidade deve ter um nomezinho melhor que esse) é uma garota desafortunada que perde a mãe, sofre nas mãos do padrasto que queria a herança da mãe morta, acaba matando sem querer a irmã mais nova e vai parar num hospício.
Dentro do manicômio (e provavelmente graças a algum tarja preta) Babydoll vai parar numa realidade paralela onde ela não está num hospício e sim numa espécie de cabaré. E quando Babydoll dança ela entra numa terceira e super fudida realidade onde ela com uma espada detona robôs, um dragão e autômatos nazistas.
Apesar da complexidade das três realidades se intercalando, na realidade a mensagem do filme, por assim dizer, é bem simples:
            “A realidade é uma prisão, sua mente pode libertá-lo”.


Franklyn
A história acontece simultaneamente em Londres e numa metrópole futurista chamada Meanwhile City – que é governada pela fé e pelo fervor religioso. Preest é um detetive mascarado que tenta vingar a morte de uma menina que ele deveria ter salvado, mas não salvou. Emília é uma estudante de artes com tendência à autodestruição e que tenta de várias maneiras fazer a morte parecer mais artística. Milo é um cara solitário que tenta voltar à pureza do primeiro amor e têm conversas com uma amiga imaginária interpretada pela mesma atriz que faz a artista com tendência à autodestruição. Esser é um pai desesperado que procura seu filho desaparecido pelas ruas de Londres. E no fim as histórias de todos eles estão interligadas e uma bala vai decidir o destino de todo mundo.

E a realidade real é essa aqui: se você ainda não assistiu Franklyn, assista, porque a brisa é muito foda pra caralho porra!


A passagem
Sam Foster é um psiquiatra. Henry Letham é um perturbado que procura o psiquiatra para dizer que vai se matar. E Letham um anagrama de “Hamlet”.
Além de planejar se matar e ter como sobrenome um anagrama de um personagem de Shakespeare, Henry começa a fazer estranhas e terríveis profecias que se realizam e fazem o psiquiatra precisar de um psiquiatra. E no final, é claro, nada é o que parece.
Eu só fui entender o que realmente tinha acontecido na história depois que assisti os extras do DVD de A Passagem, mas altamente recomendo a desorientação que o filme causa.


Repo Men
O filme retrata uma triste e sádica realidade onde as pessoas compram órgãos como quem compra um carro novo (um pâncreas zero km, ouvidos turbinados, um fígado total flex). O problema desta triste e sádica sociedade onde as pessoas compram órgãos como quem compra peças de decoração é que se elas não pagam a prestação direitinho vem um cara e toma o órgão (não importando o quanto de sangue ele tenha que derramar para isso). Quem faz esse trabalho de retirada de órgãos são os Repo Men.
Depois de uma ziquizira toda um dos Repo Men se estrepa inteiro e acaba precisando dos serviços da empresa que ele prestava serviço, e de Repo Man ele passa a comprador de órgão, e de comprador ele passa a inadimplente, e de inadimplente ele passa a fugitivo, e de fugitivo ele passa ao “cara que vai confrontar a corporação que vende órgãos para que não pode pagar por eles”.
No meio dessa jornada de Repo man ao “o cara que vai confrontar a corporação”, a luta contra a triste e sádica realidade deixa de ser a realidade porque a realidade é mais triste e sádica do que parece ser (mas eu não vou dizer mais nada porque até spoilers têm limites).


Donnie Darko
Se você já assistiu este filme, e se você não assistiu sozinho, então você já se deleitou com uma enxurrada de suposições e teorias sobre o perturbado do moleque Donnie, sobre a turbina que deveria esmagar o moleque Donnie e sobre Frank, o coelho macabro, que diz ao moleque Donnie que o mundo vai acabar em 28 dias e algumas horas e alguns segundos.
Recentemente eu descobri que a explicação para a bagaça toda está no livro que o professor do Donnie entrega para ele no começo do filme.
O livro “A filosofia de Viagem no Tempo, escrito pela Roberta Sparrow (é, a velha tinha que chamar Roberta), explica que existe o universo que nós vemos e vivemos nele, o chamado Universo Primordial, e o Universo Tangente, que para efeito prático e “resumitivo” vamos dizer que é criando quando um objeto do nada cai no universo Primordial – tipo uma turbina de um avião. Este Universo Tangente é tipo uma bolha que vai estourar em poucas semanas – tipo 28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos – e ao estourar vai colapsar o Universo Primordial e obviamente acabar com o mundo.
Para deletar o Universo Tangente e salvar o Universo Primordial Donnie precisa devolver ao Universo Tangente o objeto que caiu no Universo Primordial. Então, usando água e metal, ele devolve a turbina de avião para a puta que pariu de onde ela veio, o tempo anda para trás e os 28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos que ele viveu são deletados da linha temporal, porque na verdade eles nunca realmente aconteceram porque eles faziam parte do Universo Tangente que não é a realidade vigente no Universo Primordial.

Entendeu? Não. Então assiste o vídeo.




Contra o tempo
Desta vez o Jake Gyllenhaal não é um moleque com números rabiscados no braço e assombrado por um coelho, agora ele é um militar que acorda no corpo de outro homem e tem a missão de reviver os últimos 8 minutos de vida do homem em que ele acordou no corpo de novo e de novo e de novo na tentativa de salvar Chicago de um trem desgovernado.
8 minutos + 8 minutos + 8 minutos e por aí vai e no final a gente descobre que ele não está no corpo de ninguém e que ele mesmo não tem nem meio corpo.


O gabinete do Dr Caligari
Em 1920, chega num vilarejo expressionista o Dr Caligari, um hipnotizador, acompanhado de Cesare, um sonâmbulo que supostamente estaria adormecido há 23 anos (e foi o 1° a usar franja emo na história do cinema).
O Dr Caligari impressiona o vilarejo de dia, o sonâmbulo Cesare aterroriza o vilarejo à noite e no final a gente descobre que na realidade a realidade não é bem assim, o vilarejo expressionista não existe e é tudo obra de uma mente perturbada.


 2 Coelhos
Embora esteja mais para filme “a realidade na realidade não é o que parece” do que “na realidade a realidade não é real”, este filme está aqui por 2 motivos: primeiro porque eu nunca falo sobre filmes nacionais e este é uma filme nacional que merece ser falado, e, segundo, eu precisava dele para somar “10 filmes que a realidade da realidade, na realidade, não é real”.
Idiotices à parte, neste filme, como minha irmã disse, o roteiro dá um nó de escoteiro e você realiza que a realidade realmente não é o que dava a entender que era: o herói não é herói, a mocinha é uma vadia, o vilão não é quem você pensa ser e que, na real, somos todos vítimas do sistema, mas alguns resolvem explodir as coisas para destruindo reconstruir.

Destaque para as partes em que o carinha “entra” num jogo de videogame e que a mocinha toma tarja preta e mata suas neuras a espadadas.


12 comentários:

  1. sucker punch é o mais fodão dos fodão dessa lista!!!!! mas se vc fala sobre realidade dentro da realidade, faltou um item...
    vanilla sky...
    donnie darko ainda não vi... e nem o do dicaprio... mas pelo modo como vc descreve é bom...
    valeu pelas dicas!!!!!

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    1. Meeeeeeeeeeu, me esqueci completamente do Vanilla Sky. E olha q esse filme é fodão demais tbm

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    2. mto fodão e passou esses dias na tv...

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  2. E MATRIX,13°ANDAR,ABRA OS OLHOS(MELHOR QUE A VERSÃO AMERICANA VANILLA SKY)É UMA INJUSTIÇA NÃO LISTAR ESSES FILMES

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    1. (ERRATA)CORRIGINDO UM ERRO DO MEU COMENTARIO ANTERIOR,MATRIX ESTA NA LISTA

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  3. O filme "O Homem Que Incomoda" é um que não pode faltar também.

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  4. Existenz e 13º andar são melhores que matrix.

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  5. e não esquecer a fantastica Serie TV "Fringe" ag na 4ª temporada . mas para quem nao conhece aconselho começão pela 1ª. abraço

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    1. Fringe é excelente. Minha vontade é assistir todas as 5 temporadas de novo #WalterDetona

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  6. Faltou a Ilha do Medo 2010. com Leonardo DiCaprio.
    Triangulo do medo 2009 Melissa George
    O show de Truman 1998. Jim Carrey
    O vingador do futuro 1990. Arnold Schwarzenegger
    Dentre outros

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  7. gente um bom que tem um otimo paradoxo ´´e o ''predestinado''

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